O porquinho Cícero e
seu irmão Zezinho moravam em uma vila muito simpática.
Essa vila se chamava
Vila dos Prazeres, porém Cícero achou que lhe faltava algo mais para completar
a sua felicidade e resolveu que ia se casar. Saiu pela vila juntamente com seu
irmão Zezinho, para escolher a sua noiva. Conversou com Joaninha, dona Baratinha,
a sapa Ritinha Serelepe e muitas outras que encontrou pelo caminho, no entanto,
a mais que lhe agradou foi a pata Genoveva. O porquinho Cícero ficou todo
assanhado quando viu a pata em seu vestido branco, rodado com bolinhas
vermelhas, soltou até um assovio de satisfação.
__ Fiu, Fiu! Aonde vai
a esta hora, senhorita pata? Toda enfeitada, vai a alguma festa?
__ Vou ao Shopping!
Respondeu a pata toda vaidosa.
O porquinho Cícero e a
pata Genoveva bateram um longo papo, o que fez o porquinho ficar ainda mais
encantado com a pata. Pronto! Já tinha tomado a sua decisão. A sua eleita era a
pata Genoveva. Tomada à decisão, falou entusiasmado da pata Genoveva para o
irmão Zezinho. Esse aprovou e foi junto com o irmão pedir a mão da pata
Genoveva em casamento ao senhor Patolino, porém, chegando na casa da pata
estava formada uma tremenda confusão. A pata Genoveva chorava desesperada com
os cobradores, xingando e gritando em sua porta fazendo de sua vida um grande
pesadelo. Havia cobradores por todo o canto querendo receber, enfim, o que a
pata Genoveva tinha comprado, mas não tinha pago. O porquinho Cícero ficou
muito triste e decepcionado, se casasse com a pata Genoveva, com certeza ela ia
levá-lo a falência. Depois de ficar um tempo pensativo, o porquinho teve uma
idéia.
__ Já sei como
resolver isso! Correu até a sua casa e vendeu tudo que havia em seu humilde
casebre; cadeiras, mesas, sofás, geladeira, fogão. Pegou o dinheiro da venda
dos móveis e pagou todas as dívidas da pata Genoveva.
A pata Genoveva ficou
muito feliz e agradecida com a atitude do porquinho Cícero, aceitando
prontamente o compromisso de casamento com o seu herói. Só que agora tinha um
problema, o porquinho Cícero não podia casar, pois em sua casa não havia um só
móvel. O porquinho Cícero e o porquinho Zezinho voltaram para casa triste. O
boato correu pela vizinhança. Todo vilarejo estava muito penalizado com a
situação dos dois irmãos e resolveram ajudá-los, cada um doando o que podiam.
Um trazia mesa, outros; cadeiras, sofás, camas, panelas, fogão etc. Não demorou
muito o porquinho Cícero e seu irmão Zezinho tinham outra vez sua casa
mobiliada, graças ao bom coração dos vizinhos e amigos. O porquinho Cícero
voltou a sorrir outra vez, porque agora com a casa mobiliada ele já podia
casar. Correu até a casa da pata Genoveva e contou a novidade. A pata Genoveva
ficou muito feliz aceitando de pronto a casar-se com o porquinho. Mas o
porquinho Cícero exigiu uma condição da pata Genoveva, só casaria com ela se
deixasse de ser gastona!
A pata Genoveva respondeu
muito envergonhada que tinha aprendido a lição, prometendo ao porquinho Cícero,
que daquele dia em diante só ia comprar o que ela podia pagar.
Dilma Lourenço Moreira
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